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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Algumas coisas que vocês (e os outros) não sabem sobre mim...

Continuando a brincadeira proposta pela colega Michele, do blog Meus Devaneios:

1 - Eu desmaio quando vejo um ferimento muito casca-grossa. O desmaio mais vergonhoso que tive deu-se diante de uma namorada quando ela estava fazendo curativo em mim. Acordei com o irmão dela me abanando. Se ele não tivesse perto e me segurado, eu teria me estatelado no chão porque ela não se garantiu me segurar.

2 - Minha primeira vez demorou um pouco mais de tempo do que você está levando para ler isto.

3 - Eu fico muito tímido quando realmente estou afim de alguém.

4 - Uma vez eu saí com uma roupa mais apertada que o normal, por não reparar em quase nada que eu visto, e fui confundido com um homossexual. Sem querer, eu pude testemunhar a imbecilidade de pessoas que tem medo de tudo que é diferente.

5 - Eu já ouvi um fantasma. Eu trabalhava num prédio velho e enorme. Estava só lá por conta do trabalho que tinha na época. Passando embaixo de um pavilhão antigo, ouvi o som de alguém lavando o chão. Como eu estava só, sabia que ninguém (vivo) poderia estar lá. Eu levei uns quinze minutos pra criar coragem e fui lá. Me cagando de medo mas fui. Não podia perder a chance de ver um fantasma de perto. Subi os degraus tão trêmulo que estava vendo a hora de minhas pernas voltarem por conta própria. Até o último degrau, eu ouvia o ruído de alguém lavando o chão que a medida que eu subia aumentava a força. Dobrei o corredor na direção que meu ouvido me levou e... não vi nada. Até o barulho cessou. Desci, e quando chegava lá embaixo ouvia o ruído novamente. Cheguei a conclusão de que, se e fato havia um fantasma, ele deveria ser mais medroso que eu.

6 - Eu acabo de descobrir que a mulher pra quem eu mais bati punheta na vida chama-se Krista Allen. Ela estrelou a parte da série de filmes eróticos "Emanuelle" que eu mais gostei. Pra quem não sabe, Emanuelle sempre passava (ou passa, nem sei) no Cine Privé da Band sábado depois da meia-noite. Acho que o meu record numa só noite foram oito! Ah, Krista Allen...

7 - Quando eu descobri que tem mulher que gosta de homem inteligente (que nem precisa ser bonito), passei a ler mais. Investimento mais acessível para que eu não ficasse só pegando a Krista no banheiro de casa.

8 - A primeira menina pra quem tive coragem de pedir em namoro era a garota mais safada da rua na época. Ela foi tão boazinha comigo ao recusar... ainda disse assim: "se quiser só me pegar eu deixo". Ah, como as coisas fáceis só aparecem pra quem dificulta. E pensar que eu chorei e chorei e chorei... burrão eu era, né? -  mas beeeeeem depois, quando deixei de ser besta, eu peguei.

9 - Meu pai, o Sr. Paulino, criava patos e galinhas quando meus irmãos e eu éramos crianças. Certa vez, eu me agachei e fiquei admirando os patinhos. Meu short, na ocasião, tinha um furo bem no fundo. Como eu estava sem cueca, parte do meu saquinho ficou saliente. O patinho (tão bonitinho quando é filhote) chegou perto de mim. Eu fui virar e dizer pra meu pai e primos que estavam perto como aquela criatura era linda quando senti um beliscão. O pato pensava que meu saquinho era comida e eu ouço piadas a respeito disso até hoje.

10 - Eu não concordo com traição. Não julgo quem trai, nem faço o discurso hipócrita de que nunca traí ou trairei, mas, não vejo sentido na prática desenfreada da traição. Se não quer mais, ou não quer mais viver uma relação monogâmica, por que não deixar isso claro? Eu acho que o amor/prisão está fora de moda, mas falta coragem para as pessoas reconhecerem isso. Sou a favor do relacionamento aberto, acordado, às claras, não de práticas cínicas que hoje assolam quase todos os relacionamentos que conheço. Sou contra a banalização da traição e não aceito o discurso de que homem é safado e mulher se vinga, assim como não aceito que só a mulher seja humilhada por trair.

11 - Eu não voto em partido de direita. Cresci num bairro de periferia e sou filho de uma família humilde que pagou as duras penas de um país rico em desigualdade. Cresci num local em que a ausência histórica do estado matou e fez matar dezenas de amigos próximos meus. Sei que tudo isso é fruto da política elitista que esse país viveu desde a colonização, depois teve continuidade com os coronéis da república, com os militares da ditadura e com os neoliberais, filhos de FHC. Por isso, não aceito o discurso meramente administrativo e plebiscitário que assola, por falta de reforma política, mais essa eleição. Votar na direita, seria o mesmo que ser conivente com toda a injustiça social da qual sou/fui vítima. Não voto sempre no mesmo partido, e posso até não votar, mas não voto na direita de Serra.

12 - Quando eu morrer, eu gostaria que cantassem ou tocassem a versão original de "Eu quero apenas" de Roberto Carlos. Ela diz muito do tudo de mim.

13 - Talvez minha maior virtude seja expor minha coerência e esconder minhas contradições.

Este não sou eu!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Hora de reciclar...




Eu (também) sou educador popular. De vez em quando eu me aventuro por esse mundão pra dialogar com pessoas e tentar transmitir algum tipo de informação (como já contei aqui). No caso em questão, no último fim de semana fui dialogar com catadores/as de materiais recicláveis, através de um projeto chamado CATAFORTE, bancado pelo governo e executado pela Cáritas Brasileira do/no Pará. Fui falar com pessoas que estão, talvez, no trabalho que as pessoas menos desejam nesse país, mas que é fundamental para a nossa sociedade. Pessoas que ganham a vida catando e triando o lixo que sai de nossas casas, empresas, escolas, etc. e ajudam a devolvê-lo reciclado. Dessa forma, contribuem para que não fiquemos mergulhados no lixo. Pessoas que, aos olhos de muitos, não tem diferença nenhuma em relação aos mendigos da praça ou aos urubus do ver-o-peso. Pessoas que ganham muito mal (injustamente) e que ainda precisam conviver com o preconceito e a idiotisse das pessoas.

Você provavelmente deve estar se perguntando que tipo de pessoa poderia querer um trabalho desses. A resposta é simples: uma pessoa como qualquer um de nós que não tem, literalmente, ocupação melhor para não morrer de fome. Eu admito que mexe muito comigo a realidade vivida por essas pessoas. No caso desses que visitei em Igarapé-Miri, nem tanto, pois até galpão pra trabalhar eles tem, mas eu já senti dó de ver pessoas trabalhando a céu aberto em lixões, sem proteções mínimas como luvas, máscaras e botas. Me dói mais ainda saber que, por mais incrível que pareça, o negócio da reciclagem é milhonário, mas, por estarem na base da cadeia produtiva, e pelo estigma de serem pessoas que literalmente sobrevivem disso, o preço que recebem por tamanho esforço é ridículo.

Nesse projeto, meu trabalho, basicamente, é transmitir uma palavra de estímulo que melhore a auto-estima deles/as. Já que eles tem esse trabalho, então que eles possam trabalhar com dignidade, em algo que, como já disse, é essencial para a nossa sobrevivência. A missão do CATAFORTE é estimular a articulação da categoria no estado para que saibam cobrar a plena implementação da lei de resíduos sólidos que obriga as prefeituras a despejarem o lixo em aterros sanitários e não mais em lixões e que orienta que cooperativas de catadores façam a coleta do lixo e não mais as empresas que ganham milhões e não fazem o devido tratamento do material, além de retirar os/as catadores/as dos lixões e colocá-los em galpões, devidamente equipados. O sonho nosso e o sonho do Movimento Nacional de Catadores é ver a categoria articulada, para que as prefeituras não utilizem falsos catadores como laranjas para lucrar com o negócio e que, finalmente, num futuro próximo, a categoria domine toda a cadeia produtiva da reciclagem.

Nas conversas que tive com os/as catadores/as esse fim de semana, me contaram seus sonhos. Ninguém sonhava com riquezas, palácios, carros. Tudo o que querem é um lugar digno para trabalhar, segurança pra sua pequena comunidade, que a igrejinha fique pronta e que a cooperativa deles tenha mais apoio do poder público para sobreviver e expandir. Almocei com eles no quintal sob várias árvores e a companhia refrescante do vento. Cada vizinho trouxe uma coisinha pra ajudar. Tomei açaí até me esbaldar (a cidade é uma das maiores exportadoras de açaí do Brasil). Ouvi histórias de caças, de colheitas frustradas, de partos inusitados. Quando eu cheguei lá, assim como qualquer um talvez, eu vi apenas camponeses, catadores, desdentados, mal vestidos, analfabetos, e saí de lá sentindo saudades de pessoas lindas, que apesar da casca maltratada pela ausência plena do estado, possuem cada um/a alguém maravilhoso/a como recheio.

Todas as vezes que forem jogar o lixo de vocês, lembrem de separar lixo seco do não seco. Essa simples atitude pode ajudar e muito os trabalhadores da coleta, sobretudo os que (ainda) atuam nos lixões. Todas as vezes que virem alguém catando material reciclável, pense em como ajudar, pois idiotas para discriminarem, certamente, já há demais. E digo mais: de todas as muitas coisas que tenho feito ultimanente, trabalhar com os catadores é que tem me feito sentir mais útil.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Prêmio Blog de Ouro - eu admiro este blog


Eu recebi do meu amigo Antônio Rosa, done de um dos melhoress blogs da língua portuguesa chamado Cova do Urso este selo. Diz a regra que cada recebedor deve entregar pra mais dez pessoas, mas como para mim as regras foram feitas para serem desobedecidas, eu dou, e quem quiser dar que dê. Fiquei muito hornado com a lembrança e dei para alguns dos blogs que mais admiro. Como não deu pra presentear a todos, trago aqui uma amostra dos blogs que tanto admiro, e de uma lista que poderia ser de mais de cem, trago aqui dez, que exponho de forma aleatória:










quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Jesus não tem votos no país dos falsos profetas

Ontem estávamos meus amigos e eu numa esquina qualquer dessas da vida quando passou um conhecido nosso. Alguém perguntou pra esse um em quem ele votaria, e o cara respondeu que votaria nos pastores da igreja dele. Em seguida questionaram se ele sabia das intenções políticas dos caras, se alguma coisa entre as propostas deles beneficiaria de fato o povo, mas ele desconversou e foi embora. Recentemente, também, um bispo desses aí que nem vou dar o nome pra não dar moral pro cara, disse que nenhum católico deveria votar em Dilma porque ela é a favor do aborto, dando claramente a entender que os fiéis católicos só deveriam votar em quem estivesse de acordo com o código moral(ista) da igreja (ou seja, quem é contra o aborto, o casamento de homossexuais, a separação de casados, etc). Aí, fiquei me perguntando, será que Jesus votaria nos pastores candidatos desse cara? Será que Jesus deixaria de votar em Dilma ou em qualquer um só, e somente só, porque este não se adequasse ao códico canônico católico?

Jesus de Nazaré, como costuma comentar Frei Betto, foi vítima de pelo menos dois processos políticos, e só foi parar na cruz graças a articulação das autoridades judaicas e a conivência oportunista do império romano. Não foi só por ingratidão que a multidão escolheu Jesus para ser crucificado no lugar de Barrabás. Óbvio, que antes daquele momento, as autoridades religiosas judaicas e romanas fizeram uma campanha política contra Jesus. O nazareno ia de encontro a toda forma de autoridade que se valia dos títulos para oprimir a população/ os fiéis em cima de embasamentos deturpados da lei romana e das escrituras sagradas judaicas. Então, obviamente, Ele ameaçava os privilegiados pelas instituições, ameaçava o plano político dos poderosos que quando não tem poder querem dominá-lo, e quando o detém, vendem a mãe para não perdê-lo.

No entanto, apesar de vítima fatal de perseguições políticas, não podemos nos enganar, Jesus foi o maior e o melhor político que já existiu na face da terra, só comparado, nos últimos séculos, pela proeza de Ghandi na Índia. Todos lembram como a morte de Vargas foi providencial para o último trunfo do maior político da história do Brasil contra os adversários; nesse sentido, nunca na história desse planeta houve uma vitória política maior do que a de Jesus ao ser crussificado. Após o evento, os discípulos de Jesus passaram a ganhar mais e mais adeptos no oriente médio e da Europa oriental, ao ponto de, um outro político muito esperto, o imperador romano Constantino, usar o crescimento dos cristãos como estratégia política para não perder as rédeas do poder e do império. Para os cristãos, foi uma mão na roda, pois, de marginal a religião cristã passou a ser oficial, mas para o cristianismo, começou aí toda a excrescência política que os cristãos ainda hoje perpetram em "nome de Deus". A partir desse momento, a religião e o poder jamais largaram as mãos, e foram parceiros em holocaustos e masacres de povos inteiros, como os originários do Brasil e da África, por exemplo.

Nos últimos séculos, as guerras santas, a opressão a pessoas homoafetivas, os conflitos entre protestantes e católicos, tudo isso tem haver com poder - conquista de mais e/ou a manutenção dele. Quando os/as primeiros cristãos/ãs saíam em busca de novos/as fiéis, acredito que era por puro amor a uma causa (também política), mas atualmente, é por arrogância, vaidade e apego ao poder que dá ser "o dono da verdade cristã" que leva as pessoas, até mesmo da própria família, a digladiarem-se por contra de diferenças (frescuras) teologais. Mas o que há de mais podre mesmo nessa história é apego ao poder, ao dinheiro e uso oportunista da fé dos/as religiosos/as nas escrituras, além de acordos entre impérios que oprimem o povo feitos pelas grandes instituições religiosas "cristãs". As igrejas cristãs, como se costuma dizer, são como uma prostituta, abrem as pernas pra quem dá mais dinheiro (e que as putas me perdoem pela comparação).

É claro que eu estou generalizando. Sei que a maioria dos fiéis, se não são de acordo, ao menos são inocentes nessa sujeirada. Já vi muitos fiéis envergonhados de suas congregações, por atitudes nefastas de políticos oportunistas travestidos de pastores. Já vi muito católico envergonhado por ver a autoridade eclesiástica punir severamente os não moralistas e chamar de meninos malvadinhos os verdadeiros safados.  Contudo, "não podemos nos calar diante do que vimos e ouvimos" (At 4, 20), e, não tenho dúvidas em afirmar que todo aquele que luta por poder para beneficiar a si próprio e a suas respectivas instituições, como fizeram os sacerdotes e as autoridades do império a Jesus, ao invés de buscar ser grande servindo mais (Mt 20, 26), como fez o Cristo comete pecado.

Finalmente, não estou dizendo aqui que o cristão ou a cristã não deve se envolver com política (partidária ou não). Como já afirmei, Jesus foi um excelente agente político e politizador. É impossível viver a fé de verdade sem a devida consciência política, pois, política é vida, e ainda que existam no poder políticos que retratam o que há de pior em nossa sociedade, satanizar a política em si é amarrar nossas próprias mãos e entregar o país a quem não é tão burro assim. O que eu estou dizendo é que a diferença entre políticos safados (partidários ou não, candidatos ou não) que são autoridades religiosas para os que não são é que os primeiros me enojam mais.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sinuca de bico

Matheus era um rapaz mais fodido que qualquer um de nós, mas gostava de parecer o tal. Na geladeira dele, o pai marceneiro e a mãe balconista mal podiam colocar ovo, água e cebola, mas ao guarda-roupas do rapaz, não podia faltar roupas de marca; no bolso, sempre o melhor celular da rua. Matheus estava naquela fase mais aborrecente da adolescência. Tudo pra ele era mico. Nem chamar mais de Matheusinho a mãe  podia mais, quando ele estava perto dos amigos.

Como os pais eram assalariados, quase sempre faltava algo para acompanhar o feijão com arroz à mesa deles. Quando acontecia isso, a solução, obviamente, era comprar ovos, a verdadeira comida dos pobres brasileiros. Mas claro que Matheus jamais ia comprar, a não ser que os ovos viessem acompanhado de uma farta compra, o que, nesses almoços improvisados, nunca acontecia.

Certo dia, a mãe de Mathues chegou doente do serviço. Muita febre e muita dor no corpo.

- O que a gente vai comer, mãe?

- Pega cinquenta centavos na minha bolsa e compra dois ovos lá, meu filho.

***

O cara gelou. Normalmente o que faria numa situação dessas era bater o pé e dizer que não ia e pronto. A mãe, sempre complacente, sabia que nem poderia contar com ele pra essas coisas, e sempre ia comprar. Mas nesse dia, Matheus sabia que era diferente, porque além da mãe estar doente, ele estava morrendo de fome, e comer um ovo pra quem está faminto e não tem mais nada pra comer com feijão, arroz e farinha é um verdadeiro banquete.

***

A mercearia ficava bem na esquina. O sol escaldante da Amazônia era completamente inofensivo contra o suor frio do menino. Tudo o que ele queria, era que ninguém mais estivesse na rua. Seu sonho naquele momento era fazer o trajeto de ida e volta da casa até  a mercearia (cerca de 100m ao todo) despercebido. Não pode haver vergonha maior para um adolescente com mania de grandeza do que ser visto comprando ovos pra almoçar.


***

No dia anterior, a prima de uns amigos chegou à rua, vindo de uma colônia no interior do estado para estudar na casa dos tios. Darlene o nome dela. Quando ela chegou, por acaso, ele estava lá com seu celular de último tipo e suas roupas absolutamente descoladas e cabelo cheio dessas frescuras que se usam hoje em dia. Ele a percebeu impressionada com ele. Estava em seus planos ir de novo à casa dos amigos pra ver se conseguia alguma coisa com ela.

***

Para o bem de Matheus, não havia ninguém na mercearia. Ele pediu os ovos com a rispidez de um chefe comandando um empregado ineficiente. A dona da mercearia olha feio pra ele, mas evita entrar em discussão. A mulher põe os dois ovos no saquinho de plástico transparente. "Não tem uma sacola plástica daquelas brancas?", pergunta ele, recebendo resposta negativa. "Puta que pariu!", pensa ele.

Pra piorar, próximo à taberna, Darlene sai da casa dos tios ainda recebendo comandos do que comprar. Apesar de ela já estar na rua, Matheus percebe que Darlene não o avistou, devido as últimas instruções da tia. E, a partir daí, enquanto o cu dele aperta mais forte que as mandíbulas de um jacaré, começa a fervilhar em sua mente um verdadeira enxurrada de idéias do que fazer a respeito. (digoaelaqueéprafazerbolo?devolvopramulheredigoquedepoispego?saiocorrendodaqui?digoqueépromeuvizinho?caralhooooooooooooooooooo!!!!).

A solução que ele encontra é tirar rapidamente do saco e colocar cada ovo em um dos bolsos da frente de sua bermuda. Como os bolsos eram grandes, ele conseguiu disfarçar pra ela o que era. Ele vai andando com o olhar leve, aliviado, e a encara muito mais regozijando o recém-triunfo do que qualquer outra coisa. Mas para ela, o sorriso estampado no rosto dele era um cumprimento qualquer. Ela fica esperando ele dizer oi. Ele não diz porque tudo que ele quer é chegar logo em casa. Ela passa por ele, e só aí parece que ele volta a respirar novamente. Alíviu...

De repente, uma tapa forte. Era a mão dela batendo no bolso dianteiro dele, objetivando bater na mão daquele menino tão legal que conhecera no dia anterior e que parecia estar tirando com a cara dela. A mão dela bate na mão dele. A mão dele bate no ovo. CRACK!

- Ei! Não vai falar comigo, não?!

- FILHA DA PUTA!

***

Com um ovo, um ego e uma futura namorada a menos, ele finalmente chega em casa e frita o único ovo que sobrara para a mãe. A ele, restou comer arroz e feijão com farinha para aquele almoço, e a lembrança traumática para o resto da vida.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

As mulheres que me odeiam

Se você me achou/ acha um cafajeste, estúpido, chato, tarado e/ou muito antipático, cuidado: você pode estar querendo dar pra mim. Já me acusaram de cafajeste, de estúpido, chato, tarado e de antipático, mas nunca pesou-me qualquer acusação de estuprador. Portanto, minha querida, não quer dar pra mim? É só não dar e pronto.

Sim, eu sou mesmo como os mendigos do Ver-o-peso; é verdade que eu só como o que me dão, mas isso não quer dizer que eu coma tudo que me dão. Se alguém achar que eu tiro brincadeiras pesadas com as meninas que mal conheço, é porque ainda não viu que tipo de brincadeiras eu tiro com minha irmã, com minhas amigas de infância ou com meus amigos. Mas eu não faço isso necessariamente pra ver se cola, muito pelo contrário. Se fosse assim eu seria incestuoso porque quando eu vejo minha irmã, eu vou logo pegando na bunda dela. Além disso, eu não acho que uma mulher é vagabunda porque se permite brincar de ter tesão por um homem, ou que trepe no primeiro encontro, nem tão pouco, acho que seja uma santa uma mulher que está com a calcinha melada e fica dizendo que não quer dar. E vejo que no falso brilhante que tentam lapidar à sociedade essas meninas é que reside todo o enchimento de saco que tenho sofrido ultimamente.

Sabe o que é mais engraçado? Algumas mulheres ficam com raiva de mim quando (disque) me dão um fora. Quando é uma pessoa por quem eu tenho um dado apreço, confesso que dói. E olha que quando percebo uma amizade florescendo por uma menina com essa característica, ou seja, que não se sente a vontade de tirar certas brincadeiras, eu tento fazer o mínimo possível trocadilhos infames ou dar abraços mais sugestivos e coisa e tal. Daí, quando entende que eu estou querendo alguma coisa (e as vezes estou mesmo) e decide não retribuir (as vezes mesmo estando afim), ela simplesmente decide ficar com raiva de mim. Agora, senhor Deus dos tarados incompreendidos, me diga por quê? O normal não seria quem leva o fora ficar com raiva ou sem graça? Não seria mais lógico quem não me quer me ignorar ao invés de forjar uma briga que entre nós jamais existiu?

Tá, eu entendo todo esse papo psicológico sobre a opressão sexual e sentimental que as mulheres sofrem por causa do machismo velado que ainda impera na sociedade tupiniquim. Entendo mesmo. Por isso que vim escrever aqui esse desabafo.Geralmente, quando tenho oportunidade de conversar com uma dessas, eu tento falar com todo o jeito sobre como eu não sou esse tipo de homem seletivo que só come mulher que ainda respira. Mas quem disse que elas acreditam? Em geral, fazem biquinho e ficam imaginando que essa é só mais uma cantada. Penso que no fundo elas prefeririam que eu fosse mesmo, pois, mulher de verdade gosta mesmo é de homem safado, meus amigos cornos que o digam (geralmente homem corno é homem besta, ao contrário do que dizem as puristas). Eu também sei que o problema está mais em mim do que nelas, pois quando você fala a mesma coisa pra muitas pessoas e nenhuma entende, o problema está no emissor e não na receptora. Mas isso não precisa impedir-me de esporrar, né?Acho que estou com TPM reprimida, só pode!
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Galera, ganhei mais um selo! Dessa vez recebi de um grande blogueiro, Agente Foose, pelo qual tenho profunda admração.







quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Dicionário pós-moderno

As vezes, o inútil pode ser útil, sabiam?. Por isso, vamos tirar a poeira de palavras pomposas que só advogados e literatos esnobes usam apenas como forma branca de pisar nos outros. Que o "Orélio" me perdoe, mas me baseei nele...


Ambidestro - adj. e s.m. Que se masturba, com a mesma facilidade, com as duas mãos.

Alouvo - s.m. Entusiasmo da menina indo comprar o primeiro sutiã; do menino indo comprar a primeira revista pornô.

Balbúrdia - s.f. Cair algumas notas de cem reais no meio da multidão; aparecer homem pelado num convento lotado.

Belicoso - adj. Provocar mulher com TPM.

Fleumático - adj. e s.m. Homem que segura o orgasmo por mais de uma hora; mulher que vai ao shopping com R$ 10.000,00 na bolsa e não compra nada.

Frugal - adj. Que come pouco; marido fiel.

Incólume - adj. Mulher lésbica de família arcaica que envelhece e morre virgem (disque).

Irrupção - s.f. Entrada violenta; ui!



Pacóvio - adj. Eleitor brasileiro - não preciso dizer mais nada, né?


Pândego - adj. Pessoa no motel na hora de acender o cigarro; Pastor da Universal quando vê entrar na igreja o maior empresário da região pela primeira vez.

Taciturno - adj. Pessoa que calada já está errada.

Tênue - adj. Fidelidade num relacionamento desgastado.