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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Postagens Retrô 7

BOLETIM DOS ÚLTIMOS TEMPOS: Fatos que mudarão o mundo! (editado)

  • Durante o show de Paralamas e Titãs em Belém, um rapaz achou um celular de última geração. Ao invés de guardá-lo no bolso, o jovem saiu perguntando para o povo de quem era o celular. Ninguém mentiu. Então o rapaz pediu que avisassem a quem aparecesse procurando o celular que o aparelho estava guardado com ele. Ao fim do show o dono reencontrou o aparelho.
  • Um casal estava brigando enquanto seu primeiro filho tentava andar sozinho pela primeira vez. Antes que rolasse a primeira ofensa mais séria, o bebê deu seus primeiros passos em direção ao casal. Depois disso, o casal desistiu de brigar para ficar incentivando o filho a andar de um lugar para o outro da casa.
  • Uma mãe que havia expulsado o filho homossexual de casa após descobrir a orientação sexual dele foi atrás de sua cria. A mãe arrependida preferiu declarar seu amor ao filho independentemente de sua orientação e impedir que um aliciador o levasse para a prostituição.
  • Um homem que havia tido um dia horrível no trabalho conseguiu paz ao ver o sorriso de uma criança. No retorno para casa depois de um dia estressante, um homem foi interpelado por uma criança linda que nunca tinha visto. A criança abriu um sorriso espontâneo e maravilhoso e disse apenas “olá”, mas serviu para o homem perceber que um coração pulsava em seu peito acima de tudo e que a vida é maravilhosa.
  • Duas crianças de diferentes classes sociais brincaram juntas no parque. Uma criança loura, filha de empresários, brincou com uma criança negra, filha de uma empregada doméstica solteira, no parquinho do Bosque Rodrigues Alves. Brincaram intensamente sem enxergar qualquer diferença entre elas. Após muito brincarem, as crianças beberam suco no mesmo copo e foram embora pra suas respectivas casas e classes.
  • Um garoto de periferia que havia planejado seu primeiro assalto com os amigos foi aprovado na peneira do Paysandu. Sem muita coisa pra colocar na cabeça, o rapaz via no assalto a chance de poder conseguir algo fora das regras, já que as regras formais não o favoreciam. Aprovado inesperadamente na peneira, o jovem cancelou seus planos criminosos porque no horario em que planejava em roubar haverá seu primeiro jogo com a camisa do papão.
  • Um rapaz tímido e excluído das grandes rodas em sua escola ganhou o beijo mais disputado do colégio. A menina mais disputada da escola conversou por acaso com o menino que quase não falava com ninguém, e percebeu que apesar de falar pouco, o garoto falava muito melhor que a maioria dos meninos populares. Após o beijo, o moleque não se sentiu mais inferior a ninguém.
  • Um rapaz que era acostumado a jogar lixo na rua ganhou uma bronca da nova namorada. Todo bombom que consumia, todo picolé que chupava, toda embalagem que descartava geravam sujeira na rua porque o rapaz não tinha o hábito de jogar lixo no lixo. Ao ver seu namorado fazendo isso, a garota deu-lhe um sermão de quase meia hora, e o garoto prometeu que nunca mais jogaria lixo na rua.
  • Uma senhora de oitenta anos recebeu bom dia e ajuda de motorista de ônibus.Quando a senhora fez sinal para o ônibus, sequer esperava que o coletivo fosse parar. Mas além de parar para a senhora, o motorista desejou bom dia com um sorriso terno e ainda ajudou a "vovó" a subir os degraus altos do ônibus. Somente após a senhora estar completamente acomodada o motorista arrancou devagar e seguiu.
  • Durante uma apresentação do governo no Hangar – Centro de convenções da Amazônia – um portador de necessidades especiais recebeu muita ajuda. Após a apresentação, o governo ofertou um lanche para os participantes. No entanto, como o lanche era servido em bandejas, um rapaz com dificuldades de locomoção não podia se meter no meio do povo porque poderia cair, então ficou lá sentado sem falar nada pra ninguém. Quando ele menos esperava, várias pessoas espontâneamente começaram a levar lanche pra ele. O portador foi uma das pessoas que mais comeu nesse dia.
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Imagem: google.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

ENEM + ou - Vestibular, ainda = funil!

Agora que passou o período de amplo debate sobre o erro na prova do ENEM 2010, gostaria de dar o meu pitaco. Não gosto muito do tom imediatista que a maioria dos articulistas e comentaristas dão aos temas polêmicos na imprensa brasileira, por isso prefiro deixar a coisa fluir nesses casos pra poder me manifestar, uma vez que esse debate vai além de um mero exame falho. No ano de 2010  o Exame Nacional do Ensino Médio veio com a pretensão de torná-lo uma espécie de exame único para o egresso de calouros nas universidades brasileiras, com algumas pessoas da imprensa brasileira até mesmo chamando isso de "revolução" do ensino médio. Muitas universidades acataram, outras não. Mas afinal, o ENEM tem como unificar e simplificar o acesso dos estudantes às UFs? O ENEM presta mais ou menos por ter falhado de forma tão  grosseira nas últimas edições?

Não há como negar que o método avaliativo em si das provas do ENEM são melhores em relação aos vestibulares tradicionais. A interdiciplinaridade, a contextualização das questões, a eliminação de questões decorebas, a necessidade de leitura e real compreensão do problema para a resolução das questões, tudo isso incentiva que os cursinhos e principalmente o ensino médio brasileiro modifiquem a forma robotizada de ser, orienta que cada disciplina seja baseada em muita leitura, etc. Mas apenas substituir uma prova por outra melhor e nacional não resolve o problema do ensino médio brasileiro, nem do escasso acesso dos jovens brasileiros às universidades.

Temos cerca de 24 milhões de jovens no Brasil. Desses, apenas 13,9% estão cursando o ensino superior, o que é vergonhoso. Quase metade dos estudantes que fizeram o ENEM em 2009 tiraram notas abaixo da média. Isso demonstra que só o ENEM em si não resolverá o problema da educação no Brasil. É necessário investir em salários dignos ao profissionais, melhorar a infra-estrutura e o acesso a educação em todos os níveis, só pra começar. É notável o avanço, a construção de novas universidades, e outras coisinhas aqui e ali, mas tudo isso é muito, mas muito pouco. Enquanto não tivermos um método avaliativo que seja mais completo, que leve em consideração as peculiaridades de cada região, que leve em consideração a desigualdade da educação brasileira, que seja feito em mais e melhores etapas e enquanto não tivermos cadeiras públicas de ensino superior para pelo menos 90% da população juvenil brasileira, estaremos muito longe do ideal.

Portanto, o fato de ter dado problemas graves nas duas últimas realizações da prova é algo absolutamente superável. Se o problema do ensino brasileiro se resumisse à boa elaboração e execução do ENEM, estaríamos feitos. Mas o problema do MEC é muito maior. Precisamos de fato de uma revolução na educação brasileira, mas essa revolução está longe de ser apenas o ENEM.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

S

As pessoas hoje em dia costumam estar mais ou menos solteiras. Parece que a moda é ficar solteiro e sair pegando para que ao menos uma pessoa no mundo não saiba disso. Até parece mesmo que a melhor coisa do mundo é ter alguém pra quem não podemos dizer quem pegamos, alguém pra quem possamos ter vontade de mentir descaradamente, alguém que não acredite em tudo que dizemos. Parece que as pessoas não procuram namorados ou namoradas, procuram alguém pra contar algumas mentiras, ou, como costumam falar por aqui, alguém para dar o "S".


Se isso é bom ou ruim? Não sei. Nesse momento prefiro tentar saber se estou enganando ou sendo enganado.
                                                           




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Ganhei um monte de presente que recebi da da Sol Barreto. Ela que tem a delícia de blog Caminhos e Descaminhos me deu essas delícias de lembranças. É por isso que eu amo a blogsfera!










quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

foco

 as veze a gente se preocupa mais com o sapato do que com a dança
 as vezes mais com a dança do que com a diversão
 as vezes mais com a diversão do que com a felicidade
as vezes mais  com a felicidade do que com a gente


acho que o segredo, derepente, é não perder o foco


sábado, 8 de janeiro de 2011

Preconceito musical ou Orgulho de ser o que não é.


"Fique com seu bom gosto
que eu vou ficar com o meu"
(Marcello Fromer/ Sergio Britto/ Tony Belloto)

Preconceito é que nem pentelho. Uns cuidam melhor, outros cuidam menos, há os que não cuidam nada, mas todo mundo com mais de 12 anos tem. Faz parte da vida ter receio do que é diferente, e faz parte da vida também nos sentirmos donos da verdade, ainda que essa verdade seja que não somos donos da verdade. Eu, por exemplo, demorei muito pra apurar meu enorme preconceito musical.

Eu só conseguia ouvir com gosto rock com letras de protesto. Pensem que na mesma época em que me vidrei em rock estava no auge do axé. Eu odiava tudo aquilo. Pior. Eu odiava as pessoas que ouviam aquilo. Dizia que elas eram alienadas. Depois eu comecei a CULPAR as condições sócio-econômicas e do péssimo ensino público que dificultavam o maior crescimento intelectual da maioria da população, assim a maioria não conseguia entender algo mais denso nas músicas. Hoje me irrito ainda com a super-exposição de qualquer coisa, mas penso que ter a mente fechada traz mais irritação do qualquer letra simplória de música.

Quantos doutores por aí não são ignorantes? Quantos professores não tivemos que mereciam sentar do outro lado da sala e receber zeros consecutivos? Quantos padres e pastores não se comportam como demônio? Quantas mães não se comportam como predadoras? O sangue, os contratos, os títulos, os diplomas podem até simbolizar algo, mas nada substitui o que você verdadeiramente é. Nada mostra mais do que você sabe e do quão bom é capaz de ser do que a atitude que se tem nas situações de maior dificuldade. Por isso não vai ser a música que se tem no ipod a tornar-nos melhores ou piores. Pois Hitler adorava arte erudita.

Todo mundo malhava sertanejo, mas quando Maria Bethania cantou "É o amor" quantos inteligentes não cantaram junto? Malhavam Claudinho e Bochecha, mas quando Adriana Calcanhoto (Partimpim) cantou "Fico assim sem você", será que a letra se tornou mais inteligente? Acredito que não. Foram só pessoas que poderiam até se acharem melhor do que os gênios que as ouvem, mas mostraram que o verdadeiro artista percebe a beleza nas coisas mais simples da vida antes de retratá-la ou condená-la. Gostaria muito que houvesse uma exposição mais democraticamente abrangente dos produtos fonográficos em nosso país, mas penso que a internet acaba preenchendo um pouco dessa lacuna. Mas, no fim, preconceito é pior do que qualquer mau gosto, seja ele qual for.
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* Vale a pena ouvir o "Bailão do Ruivão" de Nando Reis e "Iê Iê Iê" de Arnaldo Antunes, álbuns que, de certa forma, concordam comigo.
**Gostaria muito que os carros com equipamentos sonoros de alta potência explodissem todos, especialmente na praia, porque ninguém é obrigado a ouvir o que não quer.
***Imagem: Google.