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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Senso Pedante - O Preconceito Chique

Existe o senso comum - Aquele que costuma manifestar opiniões (re) produzidas por algum grupo hegemônico, principalmente através dos meios de comunicação de massa na era digital em que vivemos. Máximas como "todo índio é preguiçoso", "pobre fala errado", "mulher porre é ridículo", são exemplos clássicos de quem acaba falando porque os outros falam, sem fazer uma reflexão sobre o que diz.

Existe o senso crítico - São elaborações filosófico-científicas a partir do questionamento. Certa hora a pessoa começa a se incomodar com uma máxima pré-estabelecida e investiga se aquilo que estão falando ou pensando corresponde com à realidade. Dessa forma, seja através da investigação científica, seja por uma proposição empírica, o senso crítico nos leva a pensar antes de afirmar o que estão afirmando.

E existe o senso pedante - São elaborações de pessoas que reproduzem o que as pessoas de senso crítico propõem, de maneira oportuna. Quem reproduz esse tipo de senso, acaba cometendo o mesmo "equívoco" - se é que posso chamar assim - do senso comum. Só que, mais metidos a besta, acreditam que estão abafando. Geralmente isso ocorre com pessoas que ingressam no ensino superior ou passam a lidar com grupos estigmatizados como "cult", num exercício de preconceito chique.

"BBB é uma merda", "Funk é dança de gente burra", "Almodóvar é um gênio", são frases proferidas por gente que em geral sabe tudo o que rola em realitichous*, que não entende o que Renato Russo canta e só conhece filmes de arte porque teve de resenhá-los para alguma disciplina. Normalmente, pessoas com senso pedante gostam de usar as redes sociais pra dizerem que são inteligentes, e acabam, se muito, ofendendo outras pessoas - que no fundo são melhores.

Enfim... Gosto de gente que sabe.Gosto de gente que não sabe. Não gosto de gente que acha que sabe.
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*Não gosto de ter que escrever inglêis certo.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A Fórmula da Conquista


     Outro dia estava acompanhando um amigo meu em sua saga para tentar conquistar uma garota. Contrariando meus humildes conselhos ele chegou a enviar flores e até uma  carta de amor. Na época, ele pediu que eu escrevesse a tal carta. Eu escrevi. Ficou bonitinha até. Bom, as flores ela deve ter deixado murchar em algum canto da casa. Os bombons ela deve ter repartido com os irmãos e acabado em menos de meia hora. A carta de amor ela deve ter achado tão bonita que deve ter guardado pra alimentar o ego toda vez que tivesse com baixa autoestima – hoje eu não amanheci modesto. E ela jamais deu se quer um selinho no pobre.

     Soube, por fonte segura, que no dia que ele criou coragem para marcar um encontro ela não foi. Não porque tinha uma prova no dia seguinte, como justificou pra ele, e sim porque nessa hora ela havia marcado de ir ao motel com o ex-namorado dessa minha fonte segura. Mas ele não pode dizer que não avisei. Ora, ela não era do tipo que curtia um romance. Ela queria mesmo era dar – um abraço bem grande na vida como ela é.

      Esse negócio de que toda mulher é fiel e romântica, e blá blá blá é papo de quem não tem um ciclo de amizades muito variado, no mínimo. Há meninos e meninas com gostos e pretensões dos mais variados tipos. Mas não se oferece churrasco pra uma vegetariana, nem se presenteia com a camisa do vasco um torcedor do Flamengo. Não podemos achar que há uma fórmula pronta pra conquistar as pessoas, mas o bom senso é sempre um ótimo aliado. 

      Bom mesmo é não saber como se conquistar. Mesmo porque, em qualquer relação somos coautores da mesma obra de arte ou cúmplices do mesmo crime. Nenhuma relação tem nada de novo e ao mesmo tempo todas são únicas. Claro que vale termos algumas cartas na manga, mas elas não valem de nada numa situação em que estejamos sem blusa. Se tiver que dar um conselho para quem queira conquistar alguém, seja para uma noite de amor, seja para um namoro, eu oriento a cada pessoa conhecer e gostar de si própria/o, conhecer os próprios limites e vantagens. O resto vai rolando como tem que rolar. E se rolar aquele friozinho na barriga de insegurança que te faz tremer na base... vai lá, cara! Só porque pode dar certo vale a pena.