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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Amor diferente também é amor sublime...


"É que narciso acha feio o que não é espelho"
(Caetano)

Se você tem raiva de homossexuais, se você sofre de uma doença crônica, infecciosa e nojenta chamada homofobia, se você é desses ou dessas que tem medo do que é diferente, então nem continue lendo esse post, porque aqui eu vou falar da vitória da resplandecência do bom senso sobre a obscuridade da ignorância.

Aconteceu aqui no Pará! O judiciário paraense percebeu finalmente que os/as homossexuais também tem direito de amar, de namorar e de fazer amor ainda que algumas pessoas ainda achem isso feinho. Fiquei sabendo ontem, por um jornal local de Belém, que presos e presas homossexuais do Pará terão também direito a visitas íntimas. Fantástico!

Em primeiro lugar, sem querer parecer "Du caceta", gostaria de declarar abertamente a minha heterossexualidade, embora, devo confeçar, adoraria ser bissexual pois estaria no topo da cadeia alimentar, mas não sou. Assim como não é necessário ser negro pra ser contra o racismo ou ser mulher pra se opor ao machismo, eu, heterossexual assumido, afirmo que me oponho ao preconceito contra lésbicas, gays, bissexuais e travestis (LGBT), e sou contrário a toda formade opressão sofrida por esses seres humanos.

Até entendo, embora não concorde, que alguns setores das igrejas demonizem o público LGBT, aliás falo melhor sobre isso em outro_post, mas independentemente de qualquer crença, de qualquer explicação para a origem, a homossexualidade está aí, e é fato que discriminar não resolve o problema - se é que existe um problema. Sendo assim, o judiciário paraense aprovou uma liminar baseada na vontade de promover o bem comum, ainda que a medida não seja baseada nas frescuras legais do direito civil, o que torna a decisão do Sr. Juiz Claudio Henrique Lopes Rendeiro da vara (ui!) de exeCUções PENais, uma medida ainda mais charmosa e colorida.

Numa semana em que, estupefatos, soubemos que uma mulher foi expulsa de uma faculdade por não estar na moda nem no confessionário, é um alento saber que um juiz resolveu trabalhar de verdade pra honrar o salário exorbitante que ganha.

Prisioneiros e prisioneiras homossexuais que transarem durante seu tempo na pousada das grades certamente terão mais possibilidades de voltarem melhores para a sociedade, porque além da satisfação óbvia, sentirão que finalmente poderão se incluir no mundo dos cidadãos visíveis, potencializando uma mudança de vida ao invés de uma deformação no sistema prisional brasileiro. Esse é um importante passo para que no futuro saibamos que por dentro somos todos diferentes, mas por fora, no ponto de vista da cidadania, somos todos/as iguais.

Um comentário:

Luna Sanchez disse...

É um avanço, sem dúvida! Visita íntima é visita íntima, não deve importar o gênero ou a orientação sexual, isso não está em discussão.

Também gostei de saber.

Quanto ao caso da moça do vestido, já tenho outra opinião, que não vem ao caso, agora.

ℓυηα