Diante de situações conflitantes, os eus do meu mosaico existencial reúnem-se em uma espécie de confraria para debater o tema em questão. No caso, reuniram-se mais uma vez na noite de ontem após mais uma daqueles momentos que servem para peneirar as verdadeiras amizades e separá-las daqueles colegas que você jurava serem amigos de verdade, mas na hora de demonstrar isso, revelam uma face diferente. Diante da uma testemunha sempre fiel, o travesseiro, eis que começa o debate.
Eu mal humorado: - Eu gostaria de começar. Eu, que sempre fiz ótimas amizades com toas as pessoas com quem trabalhei em toda a minha vida, eu que nunca tive inimigos, nos últimos dois anos briguei mais e fiz mais inimizades do que em toda a minha vida. E a primeira vez também tenho tamanha decepção com pessoas a quem antes julgava amigas. Minha vontade agora é de abandonar tudo. Mandar todo mundo pra casa do caralho.
Eu auto-crítico: - Na verdade, antigamente eu não era assim tão reconhecido por um número relevante de pessoas. Acho que isso subiu a minha cabeça e agora estou colhendo os louros da mina arrogância.
Eu complacente: - Olha, se fosse esse o problema eu ficaria até mais tranquilo, mas o problema não é assim tão simples, creio. Existe muito mais coisas envolvidas nesse assunto. Quando eu erro, e esse erro é evidente, eu me sinto mal, mas pelo menos sei que eu, e apenas eu, tenho o poder para consertar as coisas, mas fui vítima de uma injustiça. Estou me sentindo isolado; eu que sempre procurei a solidão por opção, pela primeira vez em minha vida estou me sentindo aprisionado nela.
Eu sensato: - Eu já sei o que vou fazer. Vou me isolar de todos, porque não vejo mais motivo para continuar com pessoas que não me r[nesse momento o verdadeiro eu sensato liga]espeito...
Alguém liga o viva-voz e todos escutam a súplica do verdadeiro Eu sensato:
- Meus caros, eu nunca consigo chegar a tempo quando a situação está descontrolada. Por isso, peço encarecidamente que enquanto eu não conseguir chegar, vocês encerem o debate e não tomem qualquer decisão. E, principalmente, não ouçam esse Eu Sensato Fake que sempre tenta passar por mim nessas horas.
O Eu sensato foi aclamado presidente do Mosaico de Eus, e todos procuravam respeitá-lo na medida do possível. A sua proposta de não tomar nenhuma decisão foi aceita por todos, mas infelizmente o debate não pôde ser encerrado imediatamente. O travesseiro, testemunha fiel da maioria das confrarias do mosaico, nessa noite foi revirado de um canto ao outro. Sua função primeira de ajudar no sono não foi utilizada, e já que não podia dar concelhos, pelo menos ficou ao lado de todos até o fim, na alvorada.
A confraria seguiu então, com os eus do meu mosaico falando um a um, cada um mais preocupado que o outro, cada um mais machucado que o outro, até que o silêncio da noite se desfez, e o fim de semana sempre muito puxado tratou de interromper o debate, para o meu bem.
Eu mal humorado: - Eu gostaria de começar. Eu, que sempre fiz ótimas amizades com toas as pessoas com quem trabalhei em toda a minha vida, eu que nunca tive inimigos, nos últimos dois anos briguei mais e fiz mais inimizades do que em toda a minha vida. E a primeira vez também tenho tamanha decepção com pessoas a quem antes julgava amigas. Minha vontade agora é de abandonar tudo. Mandar todo mundo pra casa do caralho.
Eu auto-crítico: - Na verdade, antigamente eu não era assim tão reconhecido por um número relevante de pessoas. Acho que isso subiu a minha cabeça e agora estou colhendo os louros da mina arrogância.
Eu complacente: - Olha, se fosse esse o problema eu ficaria até mais tranquilo, mas o problema não é assim tão simples, creio. Existe muito mais coisas envolvidas nesse assunto. Quando eu erro, e esse erro é evidente, eu me sinto mal, mas pelo menos sei que eu, e apenas eu, tenho o poder para consertar as coisas, mas fui vítima de uma injustiça. Estou me sentindo isolado; eu que sempre procurei a solidão por opção, pela primeira vez em minha vida estou me sentindo aprisionado nela.
Eu sensato: - Eu já sei o que vou fazer. Vou me isolar de todos, porque não vejo mais motivo para continuar com pessoas que não me r[nesse momento o verdadeiro eu sensato liga]espeito...
Alguém liga o viva-voz e todos escutam a súplica do verdadeiro Eu sensato:
- Meus caros, eu nunca consigo chegar a tempo quando a situação está descontrolada. Por isso, peço encarecidamente que enquanto eu não conseguir chegar, vocês encerem o debate e não tomem qualquer decisão. E, principalmente, não ouçam esse Eu Sensato Fake que sempre tenta passar por mim nessas horas.
O Eu sensato foi aclamado presidente do Mosaico de Eus, e todos procuravam respeitá-lo na medida do possível. A sua proposta de não tomar nenhuma decisão foi aceita por todos, mas infelizmente o debate não pôde ser encerrado imediatamente. O travesseiro, testemunha fiel da maioria das confrarias do mosaico, nessa noite foi revirado de um canto ao outro. Sua função primeira de ajudar no sono não foi utilizada, e já que não podia dar concelhos, pelo menos ficou ao lado de todos até o fim, na alvorada.
A confraria seguiu então, com os eus do meu mosaico falando um a um, cada um mais preocupado que o outro, cada um mais machucado que o outro, até que o silêncio da noite se desfez, e o fim de semana sempre muito puxado tratou de interromper o debate, para o meu bem.
9 comentários:
Eu também tenho um monte de Eu's em mim. Eu sou geminiana, rapaz, quer gente mais confusa?
Mas por favor, acalme seus eu's!Vocês são maravilhosos! rsrs
(Oh a louca tentando ajudar)
Acho que você me inspirou, vontadezinha de escrever... mas o calor tá tanto!
Beijo,
Nara
Os "eus" que nos aconselham, nos falam, nos ensinam. Todo mundo tem vários "eus" dentro de si. Eles são fundamentais para equilibrar nossa atitudes né?
Gostei do novo visual do blog!!!
Bom fim de semana!!!!!
Adorei o novo visu do blog, embora eu sempre prefira ler em fundo branco. Minha "vista" se sente mais confortável. Meus "eus" também entram em conflito vezenquando.
Abraço.
Isolda =*
o.O Nossa,moço os eus né?sempre pertubando e entrando em contradição,os meus eus as vezes são pensativos (deveria ser na maioria ds vezes),mas tipo,o meu outro eu me faz agir q nem palhaça,mais naturalmente,acho q se eu colocasse meu eu de "verdade"todo mundo ia me achar doente,bemq como sou tbm é um pouco de mim,então eu devo ser uma mistura de todos os meus eus.o.O q reflexão..então me contradigo,digo de novo,é ralado ser eu.o.O
ai,ai,esse negócio de amigo de verdade,gosstaria de ter um bem perto,em quem pudesse confiar td,dizer td q sinto e ter um auxilío,mas infelizmente não tenho essa pessoa sempre,é meio idiota mas nimguém me entende de verdade eu acho,e quem me entende tá longe.
Olá Eraldo faz dias que não andava por aqui, gostei muito do novo cenário de suas paulinisses, e mais ainda da composição detalhada da eleição do eu comandante, que o sensato tenha um mandato duradouro...abraços.
Ai, que coisa mais chique : um homem polivalente! =)
Gosto de todos os teus "eus", e quando eu tiver o prazer de conhecer o MEU "eu sensato", prometo que te conto...rs.
Dois beijos, com insônia.
ℓυηα
Às vezes os nossos 'eus' nos confundem, mas é preciso sempre ouvir o coração.
Comentário lisonjeaoso lá no blog! Fiquei encantada. Obrigada pela força e pelo carinho, viu, querido? ;) =*
Nada como a paz do silencio para chegarmos a um consenso com nossos "eus"
bjkas a todos eles!
A multiplicidade demonstra inteligência.
Você já sabe quem é o "eu sensato" falso? É um "eu sabotador"?
Beijocas de batom
Rossana
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